domingo, 2 de junho de 2013

Breve História de Amor

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Este livro retrata um conjunto de curtas histórias de amor.
Caminhos do acaso que levam homens e mulheres a cruzarem os seus destinos, por vezes, nas circunstâncias mais surpreendentes.
Pessoas que se encontram, ou se reencontram, que se unem ou se separam, sentimentos intensos e indomáveis que determinam as suas vidas e alteram bruscamente e sem aviso os seus destinos.
Através de uma descrição intensa e cirúrgica, Tiago Rebelo conduz-nos aos pensamentos mais íntimos das personagens que muitas vezes se confundem com os nossos.
Tiago Rebelo oferece aos leitores a versão original das melhores histórias publicadas ao longo de mais de um ano na revista Domingo, do Correio da Manhã, e ainda o conto inédito Amores Indeléveis.

Tiago Rebelo

Tiago Rebelo nasceu a 2 de Março de 1964, em Lisboa, é casado e tem três filhos. É Jornalista há dezanove anos, iniciou a sua actividade profissional em 1986 na Rádio Renascença. Actualmente é um dos editores executivos da TVI, onde está desde 1994. Tem publicado nove romances e quatro histórias para crianças.

Uma Mulher Não Chora

Uma mulher não chora é um romance inquietante de Rita Ferro.
O livro gira em torno de Ana, mulher de 40 anos, divorciada, com dois filhos, o Afonso com 9 anos e a Inês com 18.
Ana tem uma vida completamente independente, tal como as suas duas amigas, a Pilar e a Mafalda. Estas adoravam sair juntas e divertiam-se imenso. Um dia, numa dessas suas saídas, Ana conheceu um homem que a impressionou. Chamava-se Vasco e, a partir daquele dia, começaram a sair juntos, embora Ana soubesse que ele era casado. Nuno, um namorado da Ana, regressou de uma viagem que fizera e Ana contou-lhe o que acontecera em relação as saídas com Vasco. Discutiram por um bocado, contudo resolveram tudo. Após alguns tempos assim, em que Ana saía com um e com o outro, ela acabou por ficar sozinha. Acabou a sua relação com o Nuno, que chegou a agredi-la por ela ter estado com Vasco e depois também acabou a sua relação com este. Esteve bem durante uns tempos enquanto esteve sozinha. Tempos depois, conheceu um homem e sentiu que este lhe faria feliz. Até marcaram casamento. Numa noite, em que Ana combinara jantar com ele em sua casa, ele demorou-se. E não chegou a aparecer. Ficou sem dar notícias. Ana fingiu que não se passava nada, no entanto estava triste, pois o homem com quem ia casar desaparecera. Um dia o telefone tocou e ela pensou que fosse ele, mas não. Era sim o filho dele a dizer que o seu pai tinha morrido num acidente de carro e pedia desculpa por só agora dizê-lo.
Ana decidiu dedicar o resto da sua vida a cuidar dos filhos. Também ficou sem falar e conviver tanto com as suas amigas, a Mafalda e a Pilar, pois estas refizeram a sua vida e voltaram a casar.
Este romance reflete o papel da mulher na sociedade moderna, acumulando as suas funções tradicionais com as exigências de uma vida profissional. O sexo, os problemas conjugais, os filhos, os sonhos românticos que persistem.

Rita Ferro


Rita Maria Roquette de Quadros Ferro, nasceu em Lisboa a 26 de fevereiro de 1955.
É filha do escritor e filósofo António Quadros e de Paulina Roquette Ferro.
Estudou design e foi professora de Publicidade. Começou a publicar em 1990 tendo também colaboração dispersa na imprensa, nomeadamente na revista Ler e nos jornais Diário de Notícias e A Capital. Participou em diversas conferências e colóquios e publicou mais de 20 romances.
Durante 22 anos exerceu o cargo de redactora de publicidade nas Selecções do Readers Digest. Iniciou a sua carreira literária, em 1990, com a publicação do romance O Nó na Garganta. Seguiram-se os livros O Vestido de Lantejoulas (1991) e O Vento e a Lua (1992).

Os Herdeiros Da Lua De Joana

Esta obra retrata a história da família de Joana após a sua morte.
Este livro, escrito em forma de teatro, dá a continuação ao livro, da mesma autora, A Lua de Joana.
Em cena estão todas as personagens patentes no livro anterior ou seja, o pai da Joana, a mãe, o irmão, o irmão da Marta, a mãe da Marta, um psicólogo, dois amigos da Joana, a directora de turma da Joana e uma aluna do secundário.
A família de Joana estava de luto e a sua mãe já se tinha empacotado tudo o que pertencia a Joana, todavia, não empacotou o baloiço pois não sabia o que fazer com ele. Todo o drama do livro gira em torno deste baloiço, pois era a única coisa que fazia lembrar a Joana. Várias opiniões surgiram, em  relação ao rumo do baloiço, o pai da Joana não se queria "desfazer" dele pois dizia que era a única coisa que recordava da filha, o irmão, não tinha qualquer opinião, apenas queria que a meia lua sai-se da sala, quanto a mãe, queixava-se de ter tratado de todas as outras coisas da sua filha. 


No final o pai da Joana decide dar o baloiço à antiga escola da filha para que os restantes alunos não entrem pelo mesmo caminho que a Joana e a Marta, para nunca se meterem no mundo das drogas.

O Adeus de Miguel Torga

O Adeus
"É um adeus...
Não vale a pena sofismar a hora!
É tarde nos meus olhos e nos teus...
Agora,
O remédio é partir discretamente,
Sem palavras,
Sem lágrimas,
Sem gestos.
De que servem lamentos e protestos
Contra o destino?
Cego assassino
A que nenhum poder
Limita a crueldade,
Só o pode vencer a humanidade
Da nossa lucidez desencantada.
Antes da iniquidade
Consumada,
Um poema de líquido pudor,
Um sorriso de amor,
E mais nada."

Interpretação:
Neste poema à semelhança dos anteriores o poeta retrata o fim de um relacionamento, tendo neste caso um carácter determinista “de que serve lamentos e protestos conta o destino”.

“Não vale a pena sofismar a hora!” não vale a pena pensar na hora uma vez que partimos de premissas verdadeiras inabaláveis.

Miguel Torga

Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, nasceu em São Martinho de Anta a 12 de Agosto de 1907 e morreu em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995, foi um dos mais importantes poetas e escritores portugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
Em 1934, aos 27 anos, Adolfo Correia Rocha cria o pseudónimo "Miguel" e "Torga". Miguel, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Já Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule incrivelmente rectilíneo.
Autor prolífico, publicou mais de cinquenta livros ao longo de seis décadas e foi várias vezes indicado para o Prêmio Nobel da Literatura.[1]
Torga, sofrendo de cancro, publicou o seu último trabalho em 1993, vindo a falecer em Janeiro de 1995. A sua campa rasa em São Martinho de Anta tem uma torga plantada a seu lado, em honra ao poeta.

Poema O Amor de Fernando Pessoa e respectiva interpretação

O amor

“O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..”

Interpretação:

Vejamos como é curiosa a maneira como Pessoa olha para o amor. Em vez de elogiar o amor, Pessoa fica perturbado pela maneira como o amor se revela em si mesmo. É a incapacidade de sentir, ou de pelo menos de transmitir, de comunicar o sentimento, que é o verdadeiro tema deste poema, e não o amor, o sentimento. "O amor, quando se revela,  / Não se sabe revelar. / Sabe bem olhar p'ra ela, / Mas não lhe sabe falar."
é uma interpretação tão íntima sobre  amor que remete para a forma como o poeta sentia as coisas. Por isso mesmo quando ele diz "Fala: parece que mente / Cala: parece esquecer" Pessoa fala do seu ponto de vista particular. É ele que parece não ser sincero quando tenta ser sincero - é a sua dor interna que impede a sua sinceridade, a sua ligação sincera a um outro ser humano.
É a presença sufocante do outro que impede o poeta de falar o que sente. Por isso ele nos diz que "quem sente muito, cala; / Quem quer dizer quanto sente / Fica sem alma nem fala, / Fica só, inteiramente!". O seu desejo maior seria que o seu amor ouvisse este poema mas sem o ouvir, que adivinhasse no seu olhar o sentimento, sem que houvesse necessidade de falar. Há aqui também um pouco de medo de que o ideal decaia quando se torna real, mas essencialmente o medo é de ser humano, o medo é medo de ligação com o outro, a perda de controlo do "eu" em favor do "outro".


Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1888 e morreu em Lisboa a 30 de Novembro de 1935, mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.

É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal.

Por ter sido educado na África do Sul, para onde foi aos seis anos, Pessoa aprendeu perfeitamente o inglês, língua em que escreveu poesia e prosa desde a adolescência. Das quatro obras que publicou em vida, três são em inglês.

Poema Adeus e interpretação

Adeus
"Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,e o que nos ficou não chegapara afastar o frio de quatro paredes.Gastámos tudo menos o silêncio.Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,gastámos as mãos à força de as apertarmos,gastámos o relógio e as pedras das esquinasem esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;era como se todas as coisas fossem minhas:quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.E eu acreditava.Acreditava,porque ao teu ladotodas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos,era no tempo em que o teu corpo era um aquário,era no tempo em que os meus olhoseram realmente peixes verdes.Hoje são apenas os meus olhos.É pouco, mas é verdade,uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras.Quando agora digo: meu amor,já se não passa absolutamente nada.E no entanto, antes das palavras gastas,tenho a certezaque todas as coisas estremeciamsó de murmurar o teu nomeno silêncio do meu coração. Não temos já nada para dar.Dentro de tinão há nada que me peça água.O passado é inútil como um trapo.E já te disse: as palavras estão gastas. Adeus. "

 Interpretação:

Eugénio diz que quando gastamos tudo menos o silêncio é altura de dizer adeus, curioso o paralelismo com os fins das relações em que já não existem discussões nem gritos mas sim quando não há nada a dizer. “ As palavras estão gastas” o sofrimento permite viver intensamente amanha, este faz parte da vida tal vez seja por isso que temos que sofrer. Para podermos apreciar as coisas boas da vida… por vezes achamos que não temos nada é porque não ligamos ao pouco que temos.“O passado é inútil como um trapo” isto é, o passado já não nos traz alegria porque é passado.As duas primeiras estrofes remetem para o passado da relação e os últimos três estrofes relatam o final da relação.


Eugénio de Andrade

José Fontinhas, cujo pseudónimo era Eugénio de Andrade, nasceu em Póvoa de Atalaia a 19 de Janeiro de 1923 e morreu no Porto a 13 de Junho de2005 com 82 anos, foi um poeta português contemplado.
Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro, tendo escrito os seus primeiros poemas em 1936, o primeiro dos quais, intitulado Narciso, publicado três anos mais tarde.
Recebeu um sem número de distinções, entre as quais o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1988), Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prémio Camões (2001).
Faleceu a 13 de Junho de 2005, no Porto, após uma doença neurológica prolongada.

Interpretação do poema Amar

A poetisa pretende expressar o amor como um sentimento não sublime mas como “um ser” imensurável.
Florbela casou-se inúmeras vezes todavia ela não rejeita esse sentimento, mas o acalenta e enobrece, pois o expõe como o é: humano e natural.
A poetisa quer amar, quer saber amar, quer sentir o amor de várias formas embora esteja consciente que não consegue amar para sempre a mesma pessoa ou objecto.
Apesar de ser um sentimento grandioso ela compreende que não esta sempre a amar.
O poema é um resumo da sua vivencia, de amar a sua vida e de procurar sempre sublime.
O texto é constituído por 4 estrofes sendo as duas primeira quadras e as duas últimas tercetos.

Amar- Florbela Espanca

“Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar..."

Florbela Espanca


Florbela Espanca nasceu em Vila Viçosa a 8 de Dezembro de 1894 e morreu em Matosinhos a 8 de Dezembro de 1930 com 36 anos, batizada como Flor Bela Lobo foi uma poetisa portuguesa.
Nasceu filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo, morreu com apenas 36 anos.
Em 1908, Antónia Lobo, a mãe de Florbela morre vítima de neurose
Em  1918 a escritora sofreu as consequências de um aborto involuntário, que lhe teria infectado os ovários e os pulmões. Repousou em Quelfes (Olhão), onde apresentou os primeiros sinais sérios de neurose.
Em 1919 editou a sua primeira obra,” Livro de Mágoas”, um livro de sonetos.
Em 1927, Apeles Espanca, o irmão da escritora, faleceu num trágico acidente de avião. A sua morte foi para a autora realmente dolorosa. Em homenagem ao irmão, Florbela escreveu o conjunto de contos de As Máscaras do Destino, volume publicado em1931.
Em 1928 ela tentou suicidar-se pela primeira vez.
Florbela tentou o suicídio por duas vezes mais em Outubro e Novembro de 1930, na véspera da publicação da sua obra-prima, Charneca em Flor. Após o diagnóstico de um edema pulmonar, a poetisa perdeu o resto da vontade de viver. Não resistiu à terceira tentativa do suicídio. Faleceu em Matosinhos, no dia do seu 36º aniversário, a 8 de Dezembro de 1930. A causa da morte foi a sobredose de barbitúricos (medicamentos para a neurose).

Maria Teresa Maia Gonzalez

Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra a 1958.

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, estudou na faculdade de Letras da Universidade Clássica, em Lisboa.

Na sua carreira de autora conta já com inúmeros livros editados dos quais se destaca A Lua de Joana, O Guarda da Praia, Gaspar e Mariana, etc.

É também a autora da Colecção Profissão: Adolescente, onde conta com 26 títulos publicados, todos várias vezes reeditados e com Maria do Rosário Pedreira, co-autora da Colecção O Clube das Chaves, de que foram publicados 21 volumes.

Os seus livros têm a particularidade de reflectir assuntos relacionados com a juventude. Na sua escrita são visíveis as situações com que os jovens se defrontam diariamente, evocando os sentimentos e as duvidas que os atormentam.

O Guarda Da Praia


Começo por vos apresentar o livro "O Guarda da Praia" de Maria Teresa Maia Gonzalez.
Este livro relata a historia de uma escritora que decide ir passar umas ferias a uma casa beira mar, ai pretende acabar o seu romance, todavia, recebe ,sistematicamente, a visita de um pequeno curioso, chamado Luís ou Dunas.
Sem muita confiança, Dunas, tenta convencê-la a deixar de escrever o seu romance, para optar por um texto que relate uma historia do mar. Com o passar dos dias tornaram-se grandes amigos e confidentes.
Luís, aparecia e desaparecia quando queria, da forma mais instantânea possível.
Apesar da cumplicidade entre os dois, ela não sabia nada sobre ele pois tinha medo de tocar em assuntos “proibidos”, mas há medida que o tempo passava a escritora conseguia as respostas que tanto procurava.
Quando acabou o seu livro, doeu saber que tinha que regressar à cidade.
Passado um ano a escritora decide voltar à dita cuja aldeia e reaver a sua amizade com Dunas, para poderem        juntos reaver bons tempos que haviam passado.
Chegada essa altura, Dunas já não estava, tinha ido embora, para bem longe, mas prometera voltar para lhe contar tudo e ler o seu livro. No entanto, nunca era certo se ele iria mesmo voltar...

P.I.L.

Este blog foi criado no âmbito da disciplina de literatura portuguesa e tem como objectivo criar uma antologia de poemas, texto narrativos, dramáticos entre outros.
No fundo estou a partilhar pequenos textos aos quais me identifico, acabo também por demonstrar um pouco de mim.